Kris, Rob e Taylor.

Kris, Rob e Taylor.



Correndo para os vampiros

Participamos da disputada coletiva que os astros de Lua Nova deram na Comic-Con 2009. Confira como foi que conseguimos fazer uma pergunta pro Rob Pattinson!



Por Fabio M. Barreto, de Los Angeles

Estava cansado, acordei às 4 da manhã, fiquei três horas dentro de um trem e a mochila pesava mais de 20 quilos. Estava em San Diego, casa da Comic-Con, em frente ao endereço que a Summit Entertainment mandou. Entrei e o gerente disse: não vai ser aqui, o evento mudou para o outro hotel (quase 1 quilômetro dali). Faltava 10 minutos para o horário. Precisei correr, e muito. Pouco depois, outros jornalistas de diversos países acompanhavam meu passo. Todos tinham um objetivo: a coletiva de imprensa de Lua Nova. A única chance do dia para entrevistar Robert Pattinson. Pouco antes de chegar ao hotel, uma surpresa. Parei e vi os acampamentos sendo desmontados. Milhares de fãs vestiam camisetas de Crepúsculo e sorriam, independente da noite mal dormida. Faltava pouco para o painel do filme. Mal sabiam que, menos de cem metros de onde estavam, o elenco principal aguardava para falar com a imprensa. Corri mais um pouco.

O segundo andar do Hilton San Diego parecia um campo de batalha. Centenas de pessoas se aglomeravam na hora do check-in de imprensa. Nunca vi tanta gente para uma entrevista coletiva, mas eu não imaginava o que encontraria lá dentro. O salão era gigante. Paredes amareladas. Mais de mil cadeiras. Metade delas já ocupadas. No fundo, uma vasta linha de câmeras de TV, e duas de cinema, apontava para a pequena mesa no fundo do salão. Pareciam armas preparadas para roubar a alma de quem passasse por ali. Era nessa mesa que Robert Pattinson, Kristen Stewart e Taylor Lautner abririam, extra-oficialmente, a Comic-Con 2009.

O último grupo de jornalistas entrou e a sala estava lotada. Três colunas cortavam as fileiras de cadeiras. Em cada uma delas, um púlpito com um microfone. Já fiquei perto de um deles, afinal, ir até lá e não perguntar nada seria perda de tempo, né? Teria uma chance, sabia disso. E era tudo ou nada para perguntar pro Robert. Pouco antes da entrevista começar, veio o assessor de imprensa dizendo: "Sem perguntas pessoais. Levantem a mão para fazer perguntas." Pensei: "ué, e os púlpitos?". Aquilo tava me cheirando muito mal.

Instantes depois, eles entraram. Robert, Kristen e Taylor. Os fotógrafos - mais de 50 deles - caíram matando e os flashes não pararam. Corri lá na frente e tentei tirar algumas fotos com a minha máquina pobrezinha. Algumas se salvaram. Hehe... Novamente o aviso de "nada de perguntas pessoais". Corri de volta pro meu lugar e levantei a mão antes mesmo de sentar. E a coletiva começou.

Ninguém viu meu braço esticado. E olha que sou bem alto. Começou a festa das entrevistas para "jornalistas famosos". E eu com o braço levantado. Pensei, "bom, ficar aqui não vai dar em nada". Corri para um dos microfones. Fiquei atrás de um sujeito. Ambos com o braço levantado. Os moderadores ignoraram a gente na maior! Corri para outro microfone e o assessor sinalizou: tem mais cinco, não vai dar. Como assim não vai dar? Eles não me conhecem, mesmo!

Nesse meio tempo, Robert e Kristen estavam sendo bombardeados com perguntas. Kristen começou muito nervosa, disse que participar de algo assim logo de cara é assustador e se retraiu bastante. Gravador ligado na mão o tempo todo. Prestando atenção ao que eles falavam. Muitas perguntas óbvias, repetidas e, claro, sempre tem o espertinho que tenta falar sobre vida pessoal. Kristen deu um peteleco no sujeito: "dissemos que não vamos falar sobre isso, então por que não passamos à próxima pergunta?".

E eu lá, cheio de pergunta boa, tento que tentar furar o bloqueio e representar a Atrê. Dureza, dureza. O tempo passava e sabia que ficava cada vez mais difícil. Mudei de microfone, novamente, e disse para assessora: "a última é minha". Ela fez cara de cocô e tentou dizer que não dava mais tempo. Ignorei. Avisaram no palco que só dava tempo de mais uma pergunta e eles já estavam respondendo algo "brilhante" sobre "se se apaixonariam por vampiros". Nem deixei terminarem de responder direito. Antes que o apresentador pudesse encerrar, peguei o microfone, chamei o Robert e mandei.

Ele sorriu enquanto falou sobre Midnight Sun, algo que mais ninguém pensou em perguntar. Eu sorri por ter conseguido. Missão cumprida. Saí do hotel, depois de mandar as fotos para a Atrê, twittar mais um pouco sobre a coletiva, e vi que a fila já andava. O dia estava só começando.

Correndo para os vampiros

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Por Fabio M. Barreto, de Los Angeles

Confira a entrevista de Kris, Rob e Taylor, na íntegra:

Mesmo ficando longe de Bella, você fica presente em seus pensamentos. Isso parece complicado de se mostrar na tela. Como vocês fizeram?

Rob: Tudo começa com a voz. Edward é só uma voz no livro, então seria muito cafona colocar só a minha voz. Inventamos uma espécie de alucinação, algo como uma "quase aparição".

Kristen: Fica sugestionado. É como ela se lembra dele, mas não necessariamente como ele está.

Taylor, fale um pouco sobre a transformação de Jacob nesse filme e também sobre as mudanças pessoais que você enfrentou para interpretar esse papel.

Claro! Quando filmei Crepúsculo, sabia que Jacob mudaria muito, então, se quisesse continuar a interpretá-lo corretamente, ainda precisava me alimentar bem. Por isso, assim que terminei de filmar Crepúsculo, me enfiei na academia e contratei um personal trainer. Comecei a comer muito - muito mesmo - e sempre comida gostosa, claro: proteínas, carboidratos legais, cortei açúcar. Deu um trabalhão, mas valeu a pena, definitivamente.



Kristen, a história de Bella realmente começa a se desenvolver em Lua Nova. É agora que ela se transforma em uma protagonista ativa. Foi mais difícil se preparar para Lua Nova ou Crepúsculo?

Não diria que uma foi mais difícil que a outra. Sem dúvida, esse filme é mais emocional. Essa diferença é muito grande. Abordamos coisas como descoberta e se apaixonar, que é uma emoção muito intensa. Ela também passa por altos e baixos. Basicamente, ela é uma maníaca depressiva. Não é muito simples fazer com que um personagem a tire dessa depressão, mas deu certo e conseguimos. Não senti muita diferença, sei lá. Foi algo mais pesado, e tinha mais no que pensar. É um papel mais maduro pelo simples fato de ela estar mais velha e precisar enfrentar mais problemas.

Como a vida de vocês mudou desde que entrevistamos vocês no ano passado?

Rob: Não sei. Prefiro pensar que não mudei muito. Internamente, digo. Sou o mesmo cara. Tudo isso foi extraordinário. Nenhum de nós esperava todo esse sucesso, menos ainda que continuasse a crescer cada vez mais. Tudo ficou gigantesco agora! A Comic-Con (2008) "abriu nossos olhos" para as proporções dessa saga, e tudo só aumentou. É interessante pensar na saga por esse aspecto.

Taylor: É uma piração! Minha agenda está completamente lotada. Isso mudou. Precisamos fazer divulgação, trabalhar em outras coisas, pensar no filme e se preparar para os próximos. Tudo ao mesmo tempo. Ninguém imaginou que isso aconteceria, mas agora estamos no mesmo barco (risos).

Kristen: Cortei meu cabelo! Yeah!

Quais são os pontos altos e baixos de toda essa "experiência" com Crepúsculo?

Taylor: Isso é legal demais! É nossa chance de vir a público e agradecer aos fãs por tudo que fizeram por Crepúsculo. Podemos interagir com eles novamente e devolver todo o afeto. Somos muito agradecidos. Por isso é alucinante ver todo aquele pessoal esperando pela gente, de novo, um ano depois, com muito mais paixão e dedicação que ano passado. Estou um pouco nervoso, mas é bacana!

Rob: Não sei. Ainda acho tudo isso muito recente, para mim. Difícil dizer de algo que foi "baixo". Continuo levando a mesma vida - tirando o fato de ser reconhecido imediatamente. E isso não está entre as piores coisas do mundo!

Mas como é possível manter uma vida normal com toda essa atenção dos paparazzi?

Rob: Nunca fiz nada muito normal (risos). Agora tenho gente que faça isso para mim (gargalhadas).

O fato de tanta gente ter entrado na onda do "Time Edward" e "Time Jacob" afetou a atuação de vocês?

Taylor: Tudo dessa franquia é meio doido, acho que é por isso que gostamos tanto. Saber que os fãs escolheram lados me deixa um pouco nervoso, de vez em quando. É complicado tentar atender às expectativas dos fãs e representar o "Time Jacob" do jeito apropriado. Não quero desapontar ninguém, então trabalhei pesado não apenas mental e emocionalmente, mas mudei fisicamente também para o bem desse papel. Ele é bem competitivo, então dei um duro danado.

Robert não aparecer tanto em Lua Nova, em comparação com Crepúsculo, pode desapontar os fãs?

Kristen: Ele aparece bastante sim!

Rob: E ninguém vai ficar desapontado. Se ele não sair de cena, não podemos sentir falta dele; e esse é o objetivo do filme, sentir aquele sentimento vazio e totalmente sóbrio causado pela partida de Edward.

Rob, trabalhar com um novo diretor mudou o clima do set? Como foi dessa vez?

Rob: Não foi só o diretor que mudou as coisas nesse filme. A realização foi diferente, pois entendíamos melhor o assunto, havia familiaridade. Fui muito mais ator coadjuvante dessa vez. Comecei a filmar três semanas depois do resto do elenco, e boa parte dos primeiros dias se concentrou nas cenas da aparição. Ou seja, foi muita coisa em que eu precisava apenas falar uma palavra. Foi um dos filmes mais relaxantes que já fiz. Chris (Weitz, o diretor) tem uma presença muito pacífica e nos demos muito bem. Foram três meses sem estresse nenhum. Foi fantástico para mim. Toda a pressão estava em cima do Taylor (gargalhadas)!

Correndo para os vampiros

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Por Fabio M. Barreto, de Los Angeles

Taylor, o que você pensou quando assistiu ao trailer pela primeira vez e viu sua transformação? O lado fã tomou conta?

Taylor: Não sei. Adorei o modo como fizeram a transformação em lobo. Estou muito empolgado com a existência dos lobisomens agora, pois teremos mais cenas de ação. Aliás, esse filme tem o dobro de ação em relação ao primeiro filme, além de estar muito mais dinâmico. Agora não se trata apenas do romance entre uma garota e um vampiro, mas o início de um triângulo amoroso. E isso é animador!

Estão ansiosos para ver o filme pronto?

Kristen: É um tipo de ansiedade diferente, mas sim, pode apostar.

Rob: A impressão visual é bastante diferente. O roteiro estava diferente. O clima também. Então, estou muito a fim de ver para saber se funcionou.

Qual a cena favorita de vocês e por quê?

Taylor: Tenho várias cenas favoritas, então é uma pergunta difícil. Gosto muito das cenas de ação; me diverti muito nas filmagens. Enfim (risos), minha cena favorita a em que levo Bella até a porta, digo tchau e parto para a floresta. Ela está muito preocupada e teme pela minha segurança. Achei bastante meiga, mas também gosto da cena em que terminamos tudo!

Kristen: É, essa é a minha favorita. Chamamos de "cena do fora", porque, basicamente, Jacob diz a Bella que eles não podem mais ser amigos e ele está se transformando. Se um dia você sonhar em fazer isso comigo, pode apostar que vai me matar! (Olha para Taylor)

Robert: A cena do término é minha favorita. Quer dizer, se sair do jeito que imagino, mostrando mais níveis daquele relacionamento do que vimos em Crepúsculo. Foi interessante. Eram cinco páginas de diálogo. Isso não aconteceu no primeiro filme, e adorei o resultado. É pequeno, mas interessante. Deixa de lado todos os elementos sobrenaturais da história e foca nos personagens.

Por que adolescentes adoram vampiros?

Robert: Somos as piores pessoas do mundo para falar a respeito (risos). Nunca vi como uma história de vampiros, nem no comecinho. Quando atuo, tento tirar o elemento vampiresco o máximo que posso, e uso apenas como uma ferramenta para aumentar a intensidade do relacionamento. Pouco depois do teste para o papel, me vi envolvido nessa história de uma forma muito bizarra, e olha que nem tinha lido os livros ainda. Pouco a pouco, fui assimilando novas coisas. Tenho falado muito sobre o roteiro de Eclipse e notei que ando argumentando bastante, coisa que não faço normalmente. Definitivamente, esses roteiros têm muita força.

Qual dos livros mais agrada vocês, como leitores, e qual empolga mais para filmar?

Taylor: Meu livro favorito é Eclpise. Estou empolgadão para filmá-lo. Tem ação! Gosto de saber que o nível de ação aumenta ao longo da série. Isso me agrada, afinal Crepúsculo inicia o romance entre Bella e Edward, mas a amizade de Bella e Jacob cresce em Lua Nova; só que Eclipse pega para valer, pois os três estão fisicamente juntos e é preciso tomar essa decisão de nos unirmos e tentarmos ser amigos (Edward e Jacob) para protegê-la. Acho que o triângulo amoroso chega ao ápice em Eclipse, então isso me motiva muito.

Kristen: Gostei de Lua Nova. Ele me deixa testar meus limites dentro dessa série. Depois de Lua Nova, tudo vai ser fichinha para Bella. Ela é muito constante, contente e feliz. Mas no segundo filme, ela não é nada. Literalmente perdida. Preciso reencontrá-la. Enfim, Lua Nova, com certeza.

Rob: Lua Nova era meu livro favorito por gostar muito da justaposição causada quando todo mundo... meio que do nada, começa a pirar em cima do Edward, como se fosse um herói romântico. Do modo como vejo Lua Nova, ele é humilde. Ele olha para Bella e pensa que a ama, mas não pode ficar por perto, por isso começa a terminar essa relação propositalmente, o que é muito doloroso para ele. Lembra da cena de luta no final do primeiro? Bella salva Edward e faz isso em todos os livros. Então, é engraçado ver as pessoas encarando Edward como um herói se é a "dama em perigo" que o salva continuamente. Ele se toca disso em Lua Nova. Em Eclipse, ele vai precisar correr atrás do prejuízo, pois ficou fora do circuito e Jacob tomou a dianteira (no romance com Bella).

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Por Fabio M. Barreto, de Los Angeles

Qual a pergunta sobre Crepúsculo que vocês nunca mais querem responder?

Robert: Como é beijar Taylor Lautner! (gargalhadas)

Taylor: No meu caso envolve uivar (risos). Para ser sincero, muitos fãs me pedem para uivar para eles, e eu realmente não gosto disso (risos). Então, essa é para os fãs: "Por favor, não me peçam para uivar". Esperem o filme, tem uivo lá!

Kristen: Pode me perguntar o que quiser.



A química profissional entre Kristen em Robert se reflete na vida fora das câmeras?

Kristen: Dissemos que não falaríamos sobre a vida pessoal, então porque não passamos à próxima pergunta?



NOSSA PERGUNTA Robert, você leu Midnight Sun para ajudá-la a criar Edward?

Rob: Sim. Isso aconteceu mais por conta de Crepúsculo. Foi uma influência literária, poder ver toda a história pela perspectiva de Edward. Não li muito por conta de Lua Nova, pois, por alguma razão, me relacionei muito mais com esse filme do que com o primeiro. Foi algo que assimilei, nada de carregar debaixo do braço.

NOSSA PERGUNTA E vamos ter alguma música sua na trilha sonora?

Não.

Entrevista da Atrê...

Queremos deixar bem claro que esta entrevista foi retirada do site da Atrevida.

Fontes:Atrevida.